O holandês Cees Bol (Team Sunweb) ganhou hoje a terceira etapa da 46.ª Volta ao Algarve Cofidis, impondo-se com um sprint poderoso, ao fim de 201,9 quilómetros, entre Faro e Tavira. O belga Remco Evenepoel (Deceuninck-Quick-Step) mantém a Camisola Amarela Visit Algarve.
Na etapa mais longa da competição, Gotzon Martín (Fundación-Orbea), Aleksandr Grigorev (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) e Tiago Antunes (Efapel) não demonstraram medo da distância e saíram do pelotão com apenas 3 quilómetros percorridos. O pelotão autorizou aos três o papel de animadores da tirada, mas manteve-os a uma distância recuperável. O fim da aventura aconteceria a 19 quilómetros da chegada.
Cumpriu-se o guião esperado. Os milhares de espectadores que se colocaram na reta da meta assistiram a um empolgante sprint. Cees Bol não deu a menor hipótese à concorrência. Foi o primeiro a arrancar, a 200 metros da meta, e não permitiu que os rivais lhe retirassem o triunfo.
O velocista da Team Sunweb cortou a meta com 5h00m51s, relegando o italiano Sacha Modolo (Alpecin-Fenix) para a segunda posição e o holandês Fabio Jakobsen (Deceuninck-Quick-Step) para o terceiro posto.
“Estou super feliz com esta vitória. Vencer aqui era um objetivo da equipa. Assumimos a corrida na parte final e os meus colegas da Team Sunweb foram excecionais a colocarem-me numa boa posição para o sprint. Não foi uma etapa stressante, antes pelo contrário, até deu para aproveitar o sol. É a minha primeira corrida do ano e vencer dá-me confiança para os próximos objetivos. Na próxima semana correrei a Kuurne-Bruxelles-Kurne e, por isso, ganhar aqui é um sinal de que me encontro bem”, afirmou o vencedor do dia.
Foi uma jornada de transição na luta pela classificação geral. Remco Evenepoel continua a vestir a Camisola Amarela Visit Algarve, sendo seguido pelo alemão Maximilian Schachmann (Bora-hansgrohe), com o mesmo tempo. O irlandês Daniel Martin (Israel Start-Up Nation) é o terceiro, a 2 segundos, a mesma desvantagem registada por Rui Costa (UAE Team Emirates), quarto, e Tim Wellens (Lotto Soudal), quinto.
Remco Evenepoel é também o dono das Camisolas Azul Lusíadas, da montanha, e Branca IPDJ, da juventude. O colega de equipa Fabio Jakobsen veste a Camisola Vermelha Cofidis, dos pontos. A única classificação que escapa à Deceuninck-Quick-Step é a coletiva, encimada pela Astana Pro Team.
“Foi um dia para sprinters, por isso, não foi decisivo para mim. Era importante preservar a camisola amarela e tentar colocar o Fabio [Jakobsen] para discutir a etapa. Na parte final, nos últimos três quilómetros, optei por não correr riscos e preservei-me no pelotão. Amanhã, no Malhão, a corrida será diferente e apenas teremos que defender a camisola. Nenhum dos rivais da classificação geral poderá fugir, essa será a nossa tarefa: defender a liderança”, antecipa o primeiro da geral.
A quarta etapa, a disputar neste sábado, será a melhor oportunidade para tentar destronar Remco Evenepoel do topo da classificação geral. A tirada, com 169,7 quilómetros, entre Albufeira e o alto do Malhão, no concelho de Loulé, é o ensejo para os trepadores distanciarem Evenepoel, campeão europeu de contrarrelógio.
A viagem começa, na Câmara de Albufeira, às 12h30, prevendo-se que termine cerca das 17h00, na icónica montanha de segunda categoria. Antes da subida decisiva, os corredores vão ultrapassar as subidas de terceira categoria na Picota (km 66, 14h14), do Barranco do Velho (km 104, 15h08), e Alte (km 132,2, 15h48). A primeira passagem no Malhão, a 24 quilómetros do fim, acontece às 16h08.