A 46.ª edição da Volta ao Algarve, na estrada entre 19 e 23 de fevereiro de 2020, já tem definidos os locais de partida e de chegada das etapas, destacando-se um fim de semana eletrizante, com duas etapas decisivas. A prova termina com um contrarrelógio, algo que não acontece desde 2013.
A corrida, promovida à categoria UCI ProSeries, arranca novamente de Portimão, local de início de uma longa tirada que termina em Lagos, no dia 19 de fevereiro. Prevê-se uma chegada ao sprint, na reta da meta que já assistiu a triunfos de Fernando Gaviria, Dylan Groenewegen e Fabio Jakobsen.
Ao segundo dia chega o primeiro momento decisivo, na viagem entre Sagres e o Alto da Fóia, em Monchique. Será uma das mais exigentes etapas de sempre com final no ponto mais elevado do Algarve, com os corredores a terem de subir Alferce e a Pomba, antes da Fóia. A Pomba é uma escalada de 3,9 quilómetros com inclinação média de 7,1 por cento, cujo topo distará, em 2020, apenas 7 quilómetros do início da subida para a Fóia (8 quilómetros a 6,3 por cento de inclinação). Em 2019, a Pomba estava colocada a 29,3 quilómetros da base da Fóia, esperando-se que em 2020 possa ser mais decisiva na seleção dos candidatos.
A terceira etapa, no dia 21 de fevereiro, é uma nova oportunidade para os velocistas, numa viagem com cerca de 200 quilómetros, entre Faro e Tavira, local que nos tem habituado a um banho de multidão para celebrar a velocidade de ponta dos homens mais rápidos do pelotão mundial.
A edição de 2020 da Volta ao Algarve guarda duas etapas decisivas para os dois últimos dias, convidando os adeptos a passarem um fim de semana prolongado no Algarve, até porque a Volta ao Algarve termina no domingo de Carnaval.
A quarta tirada vai ligar Albufeira ao alto do Malhão (2,5 quilómetros com inclinação média de 9,9 por cento), no sábado, 22 de fevereiro. O circuito final, entre a primeira passagem no Malhão e o final da corrida, será, em 2020, mais curto do que é costume, com cerca de 20 quilómetros. A colocação da subida louletana na véspera do contrarrelógio é um incentivo ao ciclismo de ataque, uma vez que tudo estará mais em aberto do que no passado.
As contas finais serão acertadas em Lagoa, num contrarrelógio individual de 20,3 quilómetros, a disputar no mesmo traçado do exercício individual do ano passado. Lagoa será também palco, no dia 23 de fevereiro, do Algarve Granfondo, evento de massas, no qual se espera cerca de mil participantes.
A distância exata de cada etapa e os perfis de altimetria serão divulgados nas próximas semanas.
Últimos vencedores da Volta ao Algarve
2019 – Tadej Pogačar (UAE Team Emirates)
2018 – Michal Kwiatkowski (Team Sky)
2017 – Primož Roglič (Team LottoNL-Jumbo)
2016 – Geraint Thomas (Team Sky)
2015 – Geraint Thomas (Team Sky)
Últimos vencedores de etapas
Lagos
2019 – Fabio Jakobsen (Deceuninck-Quick Step)
2018 – Dylan Groenewegen (Team LottoNL-Jumbo)
2017 – Fernando Gaviria (QuickStep-Floors)
2011 – John Degenkolb (HTC-High Road)
2010 – André Greipel (Team HTC-Columbia)
Fóia
2019 – Tadej Pogačar (UAE Team Emirates)
2018 – Michal Kwiatkowski (Team Sky)
2017 – Daniel Martin (QuickStep-Floors)
2016 – Luis León Sánchez (Astana)
2002 – Alex Zülle (Team Coast)
Tavira
2019 – Dylan Groenewegen (Team Jumbo-Visma)
2018 – Dylan Groenewegen (Team LottoNL-Jumbo)
2017 – André Greipel (Lotto Soudal)
2016 – Marcel Kittel (Etixx-QuickStep)
2013 – Tony Martin (Omega Pharma-QuickStep)
Malhão
2019 – Zdeněk Štybar (Deceuninck-Quick Step)
2018 – Michal Kwiatkowski (Team Sky)
2017 – Amaro Antunes (W52-FC Porto)
2016 – Alberto Contador (Tinkoff)
2015 – Richie Porte (Sky)
Lagoa
2019 – Stefan Küng (Groupama-FDJ)
2018 – Geraint Thomas (Team Sky)
2013 – Theo Bos (Blanco)
2012 – Edvald Boasson Hagen (Sky)
2004 – Martin Garrido (Barbot-Gaia)
Foto: Bettini Photo