Espetáculo garantido com pelotão de luxo no Algarve

A 48.ª edição da Volta ao Algarve, uma das corridas do circuito UCI ProSeries com melhor qualidade de participantes estará na estrada entre 16 e 20 de fevereiro, ao para cumprir cinco etapas.

Após um ano em que a Volta ao Algarve teve de ser adiada para o mês de maio, devido à pandemia, este ano regressa à data tradicional e contará, como já nos tem habituado, com um pelotão de luxo. Serão 25 as equipas a marcar presença na prova, entre elas dez WorldTeams, cinco ProTeams e as dez formações continentais portuguesas.

A lista de pré-inscritos tem vindo a sofrer várias alterações de última hora e só no final da tarde de hoje é que foi divulgada a lista oficial que integra os nomes dos corredores que irão marcar presença na prova. Uma das principais ausências é a do vencedor de 2021, João Rodrigues (W52-FC Porto). No entanto, estarão presentes os corredores que acompanharam o algarvio no pódio do ano passado, como é o caso do britânico, Ethan Hayter (INEOS Grenadiers) e do dinamarquês, Kasper Asgreen (Quick-Step Alpha Vinyl Team). A eles juntar-se-ão ainda os vencedores das edições de 2020, Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl Team), 2015 e 2016, Geraint Thomas (INEOS Grenadiers), entre muitos outros nomes sonantes do ciclismo mundial.

Em prova nesta 48.ª edição da Volta ao Algarve, que se avizinha bastante competitiva, vão estar presentes corredores que já triunfaram em provas UCI na presente temporada, o que demonstra desde já a sua boa condição física. É o caso dos recentes campeões da Colômbia de fundo, Sergio Higuita (Bora-hansgrohe), e de contrarrelógio, Daniel Martinez (INEOS Grenadiers), mas também Fabio Jakobsen (Quick-Step Alpha Vinyl Team), Bryan Coquard (Cofidis), Alexander Kristoff (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux) e Brandon McNulty (UAE Team Emirates).

A lista de estrelas internacionais com capacidade de lutar pela geral conta ainda com o bicampeão da Europa de contrarrelógio, Stefan Küng (Groupama-FDJ) e o colega de equipa David Gaudu, Joseph Dombrowski (Astana Qazaqstan Team), Ion Izaguirre (Cofidis), Tobias Foss (Jumbo-Visma) e Warren Barguil (Team Arkéa-Samsic). Além dos sprinters que já ganharam em 2022, destacam-se ainda entre os corredores em competição Jordi Meeus (Bora-hansgrohe), Tim Merlier (Alpecin Fenix) e Hugo Hofstetter (Team Arkéa-Samsic).

Nesta edição da prova poderemos ainda contar com a presença de corredores que também dão cartas noutras vertentes além da estrada. Entre eles está o britânico Thomas Pidcock (INEOS Grenadiers), campeão olímpico de XCO (BTT) e campeão mundial de ciclocrosse, mas também do português Rui Oliveira (UAE Team Emirates), atual campeão europeu de elite em Scratch (ciclismo de pista). O gaiense será um dos quatro portugueses que representam equipas estrangeiras que irão estra a competir no Algarve, juntando-se a Ivo Oliveira (UAE Team Emirates), Iúri Leitão (Caja Rural-Seguros RGA) e André Carvalho (Cofidis).

Dada a qualidade deste pelotão, as equipas continentais portuguesas não terão o seu trabalho facilitado. Vão ter de utilizar as suas melhores armas para se superiorizarem aos seus adversários e serem protagonistas num evento com forte mediatismo nacional e internacional. A Volta ao Algarve será transmitida em direto na CMTV e na Eurosport 2, entre as 16h00 e as 17h00, terá emissão em mais de 190 países (via Eurosport e plataforma GCN) e será acompanhada no terreno por mais de 80 profissionais da comunicação social.

Todos os anos, a organização da Volta ao Algarve atribui o Prémio Prestígio a uma personalidade que, pelo seu currículo, prestigia a corrida com a sua presença. Em 2022, pela primeira vez, o prémio não será atribuído a um ciclista. Desta vez destacamos um diretor desportivo, Hilaire van der Schueren, da equipa Intermarché-Wanty-Gobert, que tem um percurso profissional de mais de 30 anos ligado ao ciclismo e que, desde sempre, reconheceu a importância da Volta ao Algarve no contexto internacional, ajudando-nos a projetar a corrida a nível internacional.

O Prémio Prestígio foi atribuído pela primeira vez em 2016, com a organização a decidir partilhar o galardão entre o suíço Fabian Cancellara, o espanhol Alberto Contador e o belga Tom Boonen. No ano seguinte, o prémio foi para o alemão Tony Martin, em 2018 para o belga Philippe Gilbert, sendo que em 2019 não houve atribuição do galardão. Já em 2020 quem o recebeu foi Vincenzo Nibali e no ano passado foi Sérgio Paulinho, o único medalhado olímpico do ciclismo português (prata na prova de fundo de Atenas2004), a merecer o reconhecimento da organização.

Etapas
16 de fevereiro: Portimão (12h15) – Lagos (17h10), 199,1 km
17 de fevereiro: Albufeira (12h50) – Fóia (17h20), 182,4 km
18 de fevereiro: Almodôvar (12h05) – Faro (17h15), 211,4 km
19 de fevereiro: Vila Real de Santo António – Tavira, 32,2 km Contrarrelógio. Primeiro ciclista parte de Vila Real de Santo António às 14h00. O último (camisola amarela) chega a Tavira às 17h30.
20 de fevereiro: Lagoa (13h00) – Alto do Malhão (17h15), 173 km