Novamente o sprint. Pelo menos é o mais expectável perante a história recente, com as fugas a não terem possibilidade de surpreender os homens rápidos do pelotão. Tavira tem sido palco de finais bem emotivos, com uma lista invejável de especialistas a triunfarem.
Entre os mais recentes estão André Greipel e Marcel Kittel, então no auge das suas carreiras, e Dylan Groenewegen, que se afirmava como um dos principais nomes do sprint. Em 2020, o mais forte foi Cees Bol, um jovem à procura de se tornar também ele uma referência do sprint. Esta sexta-feira, Sam Bennett é novamente o favorito, ainda mais pela forma como venceu em Portimão. Mas irá Danny van Poppel dar a primeira vitória do ano à Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux?
Foi o holandês quem mais meteu em sentido o ciclista da Deceuninck-QuickStep e, tal como na primeira etapa, Tavira tem um final num falso plano. Na 47ª edição, a principal novidade no percurso acabou por ser esta etapa realizar-se ao terceiro dia, em vez de ser a penúltima. O que significa que as decisões na geral ficam reservadas para o fim de semana, com a Ineos Grenadiers em vantagem para mais uma conquista, mas sem poder relaxar.
A terceira tirada é a mais longa, com 203,1 quilómetros que começam em Faro e vão na direção do interior do Sotavento e a zona raiana do Algarve . O pelotão passará nas metas volantes de São Brás de Alportel, Alcoutim e Vila Real de Santo António, com duas subidas categorizadas para a classificação da montanha: Portela da Corcha e Cachopo, ambas entre os 60 e 80 quilómetros iniciais.
Com as duas etapas decisivas colocadas no sábado e domingo, assistir-se-á na aproximação a Tavira a habitual luta entre as equipas dos sprinters, mas também daquelas que querem ver os seus líderes candidatos à geral bem colocados e tentar evitar surpresas.
O sprint de Tavira não desilude. Além de Bennett e Van Poppel, Pascal Ackermann (Bora-hansgrohe), Jon Aberasturi (Caja Rural), Stanislaw Aniolowski (Bingoal Pauwels Sauces WB) foram ciclistas em destaque em Portimão, sem esquecer Iúri Leitão (Tavfer-Measindot-Mortágua) – estreia na Volta ao Algarve com um quinto lugar – e Rui Oliveira (UAE Team Emirates), os portugueses que tentaram intrometer-se na luta pela vitória. Última oportunidade para os sprinters.