Longo contrarrelógio para ajudar a definir a geral

A quarta etapa é uma das principais novidades no percurso da 48ª edição da Volta ao Algarve. É um dos contrarrelógios mais longo dos últimos anos e marca o regresso a Vila Real de Santo António. Os 32,2 quilómetros diferem bastante dos cerca de 20 de Lagoa e dos 18 de Sagres, os últimos dois palcos do esforço individual.

A extensão beneficia os contrarrelogistas puros, podendo criar alguns problemas a trepadores que não se defendam tão bem nesta especialidade. O detentor da Camisola Amarela Turismo do Algarve, David Gaudu (Groupama-FDJ), não terá vida fácil para segurar a liderança.

Entre os ciclistas que estão a apenas um segundo do francês, Julien Bernard (Trek-Segafredo) e Sven Erik Bystrom (Intermaché-Wanty-Gobert Matériaux) também vão sofrer um pouco ao contrário de Brandon McNulty (UAE Team Emirates) e Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl), com Daniel Martínez a não ser o maior dos especialistas, para o colombiano da INEOS Grenadiers defende-se bem sendo o atual campeão nacional, título conquistado pela terceira vez na semana passada.

McNulty é mesmo um dos favoritos à vitória, mas terá uma concorrência de luxo. A começar pelo bicampeão europeu Stefan Küng. O suíço da Groupama-FDJ já venceu um contrarrelógio no Algarve e a equipa quer vencer mais uma etapa depois de Gaudu ganhar no Alto da Fóia.

Kasper Asgreen (Quick-Step Alpha Vinyl) foi o melhor em Lagoa na edição de 2021 e apresenta-se novamente com candidato, ainda que desta feita sem ambições à geral, essas todas do lado do companheiro Evenepoel, outro antigo vencedor de um contrarrelógio na corrida. O francês Thibault Guernalec (Arkéa-Samsic) é mais dos especialistas presentes, tal como o basco Xabier Mikel Azparren (Euskaltel-Euskadi). E claro, não esquecer Geraint Thomas (INEOS Grenadiers) sempre forte neste tipo de etapa.

O primeiro ciclista a sair para a estrada será Francisco Pereira (ABTF-Feirense) às 14h08. O top dez arranca com 16h30, com estes corredores a saírem com dois minutos de diferença.

Tavira será o palco de chegada, com a Avenida Zeca Afonso mais habituada nos últimos anos a receber sprints, mas agora a ser um local importante para ajudar a definir a classificação geral. Já Vila Real de Santo António não é local de partida desde 2009.